"- 'Aposto' - pensou ela - 'que nada mais me acontecerá durante muito tempo, aposto que agora vou entrar no tempo de vacas magras'. Que era em geral seu tempo. Mas nesse mesmo dia aconteceram outras coisas. Todas até dentro dos bens declaráveis. Só que não eram comunicáveis. Essa mulher era, aliás, um pouco silenciosa para si mesma e não se entendia muito bem consigo própria." (Clarice Lispector in "O primeiro beijo e outros contos") Obrigada, Clarice. Resolvi escrever.
quinta-feira, março 04, 2010
A minha é "A" positivo.
Mais ou menos na primeira semana de cada mês eu sangro. E isso não é poesia.
Quando a dama de vermelho anuncia a sua primeira visita, morremos de orgulho.
A partir da segunda visita, morremos de raiva.
É muito inconveniente aparecer sem ser convidada ou, o que é pior, sem preparar a anfitriã. Aos poucos as visitas vão se tornando mais regulares e preparamos a casa.
Se atrasa, morremos de medo.
Se chega, enfim, morremos de dor...
...mas se morremos tantas vezes é porque estamos VIVAS! Endometricamente, ovulamente, colicamente, pilulamente, absorventemente, vivas! Amorosamente, sexualmente, lubrificadamente, motelmente, gozadamente, camisinhamente, vivas!
O pior é saber que quando ela se for pra nunca mais dar o ar da graça, morreremos de calor por causa da sua prima, a menopausa, que, inconvenientemente, nos fará visitas periódicas...
...aí, amigas, estaremos ginecologicamente, psicologicamente, impacientemente, ressecadamente, fatalmente, fudidas! (e não é no bom sentido da palavra).
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owwwwww....
ResponderExcluirdeu até vontde de sangrar...
ahhahahahah
bonzao!!
Não deu não, amigo, acredite!
ResponderExcluirMas... ruim com ela, pior sem ela!
Pelo menos estamos vivas!