Do Cristo à Graça.

Em condições normais de temperatura e pressão, meus pés não suportariam. Os calcanhares, então...Uau!
Todo o campo Grande. Todo o Corredor da Vitória. Ladeira da Barra? Toda ela. Do porto ao Farol. Do Farol ao Cristo. E só Ele mesmo pra me carregar até a Graça, quase de joelhos.
Mas a magia carnavalesca anestesia. A chuva que lava o percurso renova a nossa esperança de felicidade e passamos a compor uma só multidão de mascarados ainda que as cordas sugiram um apartheid carnavalesco. Um verdadeiro fugere urbem dentro da cidade grande que ficou espremida. Formamos uma nação de loucos e doloridos atrás de um caminhão elétrico.
Mas deixa pra latejar amanhã. Hoje eu quero ver a banda passar.

...Mais uma de amor...

...
E mesmo que o tempo passe,
Prometa que ainda será o mesmo
E eu, a escolhida.
Que a rotina não apague
O fulgor de quem está
Eternamente apaixonado.
Que ainda me surpreenda
Cuidando de cada detalhe,
Me fazendo perceber que já não estou só.
Há alguém que me percebe
E silenciosamente me ama.
Que entre chupetas, boletins,
Alegrias e doenças,
Você possa deitar-se ao lado
Da mesma menina de sempre.
Apenas deliciosamente mais velha.
Que nossos filhos
Sejam pessoas bacanas e felizes.
Que apreciem as coisas boas da vida
Sem vícios.
E que cultivem um grande amor.
Que depois de tantos anos
Ainda seja divertida a vida à dois
E que você seja tão bobo e delicado
Quanto agora.
Eu menos dura.
Você mais firme.
Eu menos triste.
Você mais decidido.
Mas é o tempo,
Esse senhor que não tarda,
Quem se encarrega de nos melhorar.
É quem transforma o "eu" e o "você".
Transforma a mim e a você.
Nos torna: nós.

(obrigada por ser sincero e honesto com o nosso amor)