segunda-feira, abril 19, 2010

Tempos de Solstício

O fim tem gosto de quê?
Gosto da trava do caju,
Da areia quando cai na boca.
Gosto de Novalgina,
De gasolina
Em combustão com a minha roupa.
É uma meia-calça rasgada.
Uma espada engasgada
Que vai abrindo caminho.
Vezes dói,
Vezes sopra.
E por vezes me corta
As cartas, os pulsos,
Os sonhos mais absurdos.
E surpresa! O seu breve au revoir,
Me faz mais uma vez começar
A viver com o coração aos pulos.

***
O amor não percorre o mesmo equador,
E iguais à mim e à você
São muitos.

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